Maranhão terá cabo submarino de fibra que o conectará com a Europa

O ex-governador José Reinaldo Tavares, atual secretário de Desenvolvimento Econômico, tem se empenhado em todas as tratativas para obter a conexão do Maranhão ao primeiro cabo submarino de fibra ótica de alta conexão, que ligará a América Latina à Europa, com novo ramal até a Guiana Francesa. O cabo já liga Fortaleza à Guiana e à Portugal. A exemplo do Pará, o Maranhão agora está pleiteando a inclusão na mesma ligação, que passará pelo litoral brasileiro.Os cabos submarinos de internet são redes de fibra óptica que ligam estações terrestres e transmitem dados em conexão de alta capacidade, com velocidade de transmissão de dados ampliada. São otimizadores que permitem a comunicação rápida e confiável entre continentes.A conectividade por cabo irá permitir que o Maranhão saia do isolamento digital nas regiões mais rurais, sem infraestrutura tecnológica. Setores como saúde, educação, justiça, segurança, meio ambiente e instituições públicas e privadas poderão ter um salto de evolução. Esta ligação possibilitará o estabelecimento de um polo de inovação e tecnologia local, com promoção da geração de empregos qualificados, em um hub digital na região, na própria Zona de Processamento de Exportação do Maranhão (ZPE-MA), que terá potencial para atração de datacenters internacionais, com investimentos médios estimados em US$ 50 a US$ 100 milhões por unidade.

Serão impactos profundos na modernização da indústria maranhense, na redução das desigualdades sociais, no incentivo à criação das Cidades Inteligentes, à educação de qualidade, saúde, à rapidez, eficiência e ao monitoramento dos serviços públicos.

O Maranhão tem o pior acesso à internet do Brasil, segundo o Índice Brasileiro de Conectividade (IBC) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo o IBGE, em 2024, 80,2% dos maranhenses tinham internet em casa: é o menor índice da região Nordeste.

A SEDEPE já esteve reunida com técnicos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e com o próprio governador Carlos Brandão para tratar do projeto. De acordo com o secretário José Reinaldo Tavares, “esta é uma conexão com o desenvolvimento do Maranhão” e, sem ela, o estado ficará atrasado em muitas décadas. Tavares destaca que a ZPE de Bacabeira com essa conexão, via cabo submarino, com os portos profundos e a integração ferroviária, “vai promover um salto na competitividade, atração de investimentos e o fortalecimento da economia regional, com efeitos positivos que podem reverberar em todo o país”.